segunda-feira, 7 de maio de 2007

Cultura de massa, homem de massa?

Alguns críticos da cultura de massa temiam que a sociedade industrial e a mídia industrial houvessem criado um homem de massa, capaz de ser manipulado por propaganda. O pioneiro jornailista e pensador Walter Lippmann (1961) observou que a mídia estava ajudando a criar opiniões públicas largamente adotadas e a construir estereótipos, na audiência, quanto ao mundo e outros povos.
Um grupo de acadêmicos alemães, conhecido como Escola Sociológica de Frankfurt, refugiou-se no s Estados Unidos para escapar da Alemanha nazista nos anos 30. Eles estavam chocados com a maneira como o povo alemão podia ser levado a cometer a agressão da Seguda Guerra Mundial e, pior ainda, as atrocidades do Holocausto.
À procura de explicações de como o povo alemão pôde fazer tais coisas, eles observaram a manipulação do público alemão como uma audiência de massa sujeita à propaganda tanto do governo quanto da mídia privada alemã.
Seguindo tal linda de pensamento, os interesses desse grupo expandiram-se para examinar como as culturas e audiências de massa de outras sociedades são manipuladas, não apenas por governos tal como o regime nazista, mas também pelas indústrias culturais voltadas para a produção de dinheiro a partir da cultura de massa, a exemplo do que ocorre nos Estados Unidos (Adorno, 1991)